Apontei o
canivete com força na direção de seu rosto e subi em cima dele tentando
prender-lhe as pernas. O homem segurou meu pulso com força fazendo minha mão
fraquejar e deixar cair o canivete. Eu tentei mais uma vez me desvencilhar
dele, mas não fui bem sucedida. Eu estava fraca demais para continuar lutando,
não havia o que eu pudesse fazer para vencer um homem com o dobro do meu
tamanho e força, minha respiração agora estava mais fraca, eu pensei que talvez
fosse o cansaço que havia me tomado o ar, mas estava errada.
Atirada
no chão feito um trapo velho, observei o sangue que se espalhava pelo chão, eu
estava me engasgando no meu próprio sangue enquanto ele formava uma piscina a
minha volta. Um dos meus últimos movimentos foi olhar para meu estômago, onde
estava cravado o maldito canivete do meu irmão. Conseguia sentir minha vida
sendo levada a cada expiração que dava, em poucos minutos eu descobriria qual
era a religião a estar com a razão, ou apenas seria só isso, o final da minha existência.
Depois de mais ou menos 5 minutos de agonia me afogando no sangue, o homem com
olhar furioso sorriu, pegou seu machado e acabou com minha dor, meus olhos
continuavam abertos, mas minha vida já tinha me deixado.
EPÍLOGO
Ele olhou
em volta do corpo da garota e seus olhos continham certo brilho, ele se
orgulhava do seu trabalho, jamais tinha cometido nenhum erro, nem na primeira
vez em que havia matado uma família e muito menos agora. Mas ele tinha errado
desta vez. Não viu a garota telefonar para policia e por isso continuou na casa
contemplando sua obra recente. Limpou suas digitais do canivete e o sangue do
machado. Saiu do quarto masculino e entrou em todos os cômodos da casa,
relembrando cada momento, observando cada detalhe do seu pequeno teatro. Foi
até o quarto dos adultos e ficou lá admirando a posição do casal que ele havia
colocado, era impossível só ser belo aos olhos dele, na verdade ele sonhava em
ganhar um prêmio pela arte bruta que praticava e amava.
Parado em
frente à cama do casal ele ouviu a porta da frente ser chutada com força,
correu para a sacada do quarto e viu que a casa estava cercada por policiais e
que a SWAT subia a escada rapidamente. Não restava escapatória, então ele
sentou na cadeira de canto do quarto, acendeu um cigarro e esperou o batalhão
de imbecis da policia, eles seriam sua platéia, iriam ver o grande artista que
ele era e do que era capaz.
A SWAT
entrou no quarto e vários membros do grupo foram para cima do psicopata
prendendo-o e o levando para baixo. O homem não compreendia como podiam olhar
com repulsa para seu trabalho tão perfeito e o considerarem louco.
George, o
garoto que não estava em casa no momento da tragédia estava acompanhado de um
agente do FBI no jardim da casa aos prantos, sem entender o porquê aquilo havia
acontecido.
O crime
sacrifica inocentes para assegurar um prêmio e a luta dos inocentes com tudo
isso contraria os esforços do crime. Para maiores precauções, não deixe a porta
aberta.
Muito bom, realmente fantástico o jeito de descrever a história e os sentimentos dos personagens.
ResponderExcluirMuito obrigada!
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